Os sistemas de incêndio, ao longo dos anos, evoluíram significativamente para proteger vidas e patrimônios de maneira mais eficaz, já que são projetados para detectar e combater incêndios rapidamente.
Os sistemas de incêndio, reduzem os prejuízos e garantem tempo para evacuações seguras.
Importância dos sistemas de incêndio
A instalação de sistemas de incêndio é uma exigência legal presente na Lei N.° 13.425, que estabelece diretrizes gerais sobre medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres em estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de público.
Os sistemas de incêndio são essenciais para proteção de vidas e patrimônios e bens materiais.
Dessa maneira, ter um sistema de incêndio bem projetado é essencial para empresas, porque com ele, é possível detectar o início de um incêndio rapidamente, possibilitando a evacuação do prédio, e a redução de prejuízos materiais para a instituição.
Por último, é importante lembrar que ter um sistema de incêndio é uma exigência legal, ou seja, ele se torna um requisito para a concessão de alvarás de funcionamento, principalmente em prédios onde trabalham muitas pessoas, ou possuem materiais inflamáveis.
Equipamentos que fazem parte do sistema
Os sistemas de incêndio são compostos por uma variedade de equipamentos e tecnologias, cada um desempenhando um papel específico na prevenção, detecção e extinção de incêndios.
Dessa maneira, dentre os componentes mais comuns estão os detectores de fumaça, sprinklers, alarmes sonoros e visuais, mangueiras e hidrantes.
Contudo, dependendo da natureza do local e dos riscos específicos, podem ser utilizados sistemas mais avançados e especializados para combater incêndio eficazmente.
Dilúvio e pré-ação
Em primeiro lugar, é possível destacar os sistemas de dilúvio e pré-ação, que também são conhecidos como Deluge Systems e Pre-action Sprinkler System, respectivamente.
Esses sistemas de sprinkler foram projetados para cenários onde a rapidez na resposta ao fogo é essencial ou onde a ativação acidental do sistema deve ser evitada a todo custo.
O sistema de dilúvio, por exemplo, é utilizado em áreas de alto risco, como depósitos de líquidos inflamáveis. Nesse sistema, todos os sprinklers são abertos simultaneamente quando um detector de incêndio ou outro mecanismo de ativação percebe o início de um incêndio. Dessa maneira, a água é liberada de uma só vez, controlando ou extinguindo o fogo rapidamente.
Já o sistema de pré-ação é uma combinação dos sistemas molhado e seco, normalmente utilizado em locais onde o acionamento indesejado do sistema molhado poderia causar danos significativos, como em centros de dados e bibliotecas. Ele requer dois fatores para a ativação: a detecção do incêndio e o rompimento de um dispositivo de vedação. Assim, evita-se a liberação acidental de água, proporcionando uma camada extra de segurança.
Sistema molhado
O sistema molhado é o tipo mais comum de sistema de sprinklers.
Nesse modelo, a tubulação está sempre cheia de água pressurizada, pronta para ser liberada quando o calor de um incêndio rompe o bulbo de vidro dos sprinklers. A principal vantagem desse sistema é sua simplicidade e eficácia, pois a água é liberada imediatamente após a detecção do fogo, minimizando o tempo de resposta.
Este sistema é ideal para a maioria dos edifícios comerciais e residenciais, sendo bastante confiável em situações onde as temperaturas não caem abaixo do ponto de congelamento, o que poderia causar o congelamento da água nas tubulações.
Além disso, devido à sua rápida resposta, é especialmente eficaz em incêndios de rápida propagação.
Sistema seco
No caso do sistema seco, ele é geralmente usado em ambiente onde as temperaturas podem ficar abaixo de zero, sendo bem comuns em estacionamentos subterrâneos, câmaras frias ou depósitos em regiões frias.
Nesse sistema, a tubulação é preenchida com ar ou nitrogênio sob pressão, em vez de água. Quando um sprinkler é acionado, a pressão do ar cai, abrindo uma válvula que permite que a água flua para o sistema e, em seguida, para o local do incêndio.
Embora o sistema seco tenha um tempo de resposta um pouco mais lento em comparação com o sistema molhado, é uma solução eficaz para locais onde o congelamento da água nas tubulações é uma preocupação.
Porém, é preciso considerar que a complexidade e custo de instalação e manutenção são geralmente mais elevados.
Espuma
Os sistemas de espuma são amplamente utilizados em instalações industriais, especialmente onde há risco de incêndios envolvendo líquidos inflamáveis.
Sendo assim, o sistema de combate a incêndio com espuma é usado em parques de tanques de combustível, cabines de pintura, hangares, usinas sucroalcooleiras e áreas onde há transferência de líquidos inflamáveis.
A espuma forma uma barreira que suprime os vapores e resfria a superfície do combustível, impedindo que o fogo se alimente e se espalhe.
A escolha do tipo de espuma e do sistema de aplicação depende das características específicas do local e do material a ser protegido.
Por isso, a utilização de espuma é uma das formas mais eficazes de combater incêndios em ambientes industriais.
Câmaras frigoríficas
As câmaras frigoríficas apresentam um desafio único quando se trata de proteção contra incêndios devido às baixas temperaturas e à presença de materiais combustíveis como embalagens e produtos orgânicos. Além disso, o ambiente fechado e isolado termicamente dificulta a detecção precoce de um incêndio.
Nesses casos, os sistemas de supressão por gás, como o CO₂, podem ser uma solução eficaz, pois extinguem o fogo sem danificar os produtos armazenados ou comprometer a estrutura da câmara.
O sistema de supressão por gás é projetado para liberar um agente extintor, que, ao reduzir o oxigênio no ambiente, sufoca o fogo sem a necessidade de água, que poderia congelar ou causar danos aos produtos.
Além disso, detectores de fumaça especializados e sistemas de alarme são essenciais para a rápida detecção de incêndios em câmaras frigoríficas, permitindo que o sistema de supressão seja acionado rapidamente.
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